Monday, May 29, 2006

Os instantes que morreram

Há dias que marcam a alma e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste, não posso esquecer
a chuva que me molhava o rosto doía e gritava
mordi a saudade
os instantes morreram
a chuva ouviu e calou
as lágrimas
a dor
a desilusão
queria que me tivesse amado um dia apenas na tua vida
um dia
pedi um dia
para não ter razão
sobre o ser humano
queria que me amasses agora
o choro de moça perdida
fez eco
o mundo inteiro sentiu
o qto te amava
apenas tu não viste
não quiseste ver
não deste importância
não vou escrever nunca mais
apaguei tudo
este fds
tudo, tudo
arranquei
mordi a saudade
queimei as páginas
mandei o mundo à merda
à minha merda
e o mundo foi
são emoções que dão vida
às saudades que mordo
aquelas que tive contigo
e acabei por perder
perdi
fui derrotada
saí pelos fundos
ouviste-me ir
contaste os passos
o barulho dos meus passos
e deixaste-me ir
gritei
que ia
e ficava
sozinha
pq tb o apaguei
jamis
jamais
terei que voltar a morder a saudade
frígida é o meu apelido
foste o meu grande amor
foste
o chora de moça perdida
gritou à cidade
ao mundo
chegou a Paris
bateu no vidro
e trouxe mais saudade
odeio odiar-te
tanto qto odeio ter-te amado

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